Com a descoberta dos Raios X pelo físico W. C. Roentgen em 1895, imediatamente iniciaram-se os estudos sobre as emissões de partículas, provenientes de corpos radioativos, observando suas propriedades e interpretando os resultados. Nesta época, destacaram-se dois cientistas, Pierre e Marie Curie, pela descoberta do polônio e o rádium e ainda deve-se a eles a denominação “Radioatividade” (propriedade de emissão de radiações por diversas substâncias).
No começo do século XX, 1903, Rutherford, após profundos estudos formulou hipóteses sobre as emissões radioativas, pois convém frisar que naquela época ainda não se conhecia o átomo e os núcleos atômicos e coube a este cientista a formulação do primeiro modelo atômico criado e que até hoje permanecem ativos.
Princípios para otimização em proteção radiológica
· Nenhuma prática deve ser adotada a menos que sua introdução produza um benefício positivo.
· Toda exposição deve ser mantida tão baixa quanto razoavelmente possível levando-se em conta fatores econômicos e sociais.
· As doses equivalentes para os indivíduos do público não devem exceder os limites recomendados para as circunstâncias apropriadas.
O nome “Radiação Penetrante” se originou da propriedade de que certas formas de energia radiante possuem de atravessar materiais opacos à luz visível. Podemos distinguir dois tipos de radiação penetrante usados industrialmente: os Raios X e os Raios Gama. Elas se distinguem da luz visível por possuírem um comprimento de onda extremamente curto, o que lhes dá a capacidade de atravessarem materiais que absorvem ou refletem a luz visível.
Por serem de natureza semelhante à luz, os Raios X e os Raios Gama possuem uma série de propriedades em comum com a luz entre as quais podemos citar: possuem mesma velocidade de propagação (300.000 km/s), deslocam-se em linha reta, não são afetadas por campos elétricos ou magnéticos, e possuem a propriedade de impressionar emulsões fotográficas. Poderíamos citar outras propriedades comuns entre as radiações penetrantes e a luz visível, no entanto ocorre que vários fenômenos que observamos na luz, são muitos difíceis de serem detectados.
O fenômeno de refração, por exemplo, ocorre nas radiações penetrantes, mas numa escala tão pequena que são necessários instrumentos muito sensíveis para detectá-lo. Isso explica porque a radiação penetrante não pode ser focalizada através de lentes, como acontece com a luz. No âmbito das aplicações industriais, devemos salientar seis propriedades da radiação penetrante que são de particular importância:
· deslocam-se em linha reta.
· podem atravessar materiais opacos a luz, ao fazê-lo, são parcialmente absorvidos por esses materiais.
· podem impressionar películas fotográficas formando imagens.
· provocam o fenômeno da fluorescência.
· provocam efeitos genéticos.
· provocam ionizações nos átomos.
Fonte: Ricardo Andreucci - "Proteção Radiológica"
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